sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Venezuela e Colômbia instalam comissões bilaterais e fortalecem laços

O Estado de S. Paulo

CARACAS - Venezuela e Colômbia instalaram nesta sexta-feira, 20, cinco comissões bilaterais para ajudar na resolução de vários problemas comuns aos dois vizinhos sul-americanos, como a quitação de dívidas, o combate às guerrilhas e a segurança das fronteiras.

Os chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, e sua homóloga, María Angela Holguín, se reuniram na sede do Ministério de Exteriores da Colômbia para estabelecer as comissões especiais, definidas durante uma reunião com o presidentes de seus países no dia 10 de agosto.

As cinco equipes trabalharão sobre os seguintes temas: pagamento de dívidas e relançamento das relações comerciais; acordo de complementação econômica; inversão social na zona fronteiriça; desenvolvimento conjunto de infraestruturas; e proteção e segurança das fronteiras.

Holguín disse esperar que a medida ajude a criar uma situação onde os países "estejam seguros, onde não haja surpresas nem altos e baixos" e que faça gerar a "confiança e o respeito em relação ao diálogo".

Para a chanceler, o objetivo da Colômbia é "dar passos lentos, mas seguros, na direção de uma relação que seja frutífera e na qual um país possa contar com o outro. Ela também disse esperar que as novas relações entre Bogotá e Caracas permita que os habitantes da zona fronteiriça passar "de um pesadelo para um oásis".

Maduro também fez votos por uma relação "estável, boa e permanente" com a Colômbia, ao mesmo tempo em que assegurou que as autoridades de ambos os países farão "um grande esforço" para conversar "franca e objetivamente". O chanceler ainda disse que o objetivo das comissões é "preparar uma agenda de temas de cooperação" e apresentá-las aos presidentes Hugo Chávez e Juan Manuel Santos.

Além os dois chanceleres, ministros de várias pastas de ambos os países e parlamentares também participaram do encontro desta sexta.

O estabelecimento das comissões havia sido acordado por Chávez e Santos na reunião que tiveram há dez dias em Santa Marta, quando também decidiram restabelecer as relações diplomáticas entre seus países, rompidas devido a uma crise diplomática em julho. A crise foi desatada quando Bogotá apresentou supostas provas de que havia líderes guerrilheiros colombianos se refugiando no território venezuelano.

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